Adoro esportes. Não todos. Uns mais, outros menos. E me arrisco a dizer, com certeza, que não é por frustração. Reconheço que não tenho a mínima coordenação motora necessária para a prática de esportes. Admito, de nenhum esporte.
Porém, posso também afirmar, por experiência própria, a delícia de ganhar uma partida, ou marcar um gol. Calma, eu explico. Claro que nunca fui a melhor na aula de educação física e sempre fui a útima a ser escolhida para a partida de volei. Mas sempre esta presente no ginásio. E foi em uma rara oportunidade que cheguei ao nirvana esportivo*.
Em uma manhã de educação física precisei participar de um jogo de handbol. No decorrer da partida, sem minha participação ativa, claro, o meu time sofreu uma falta, de frente para o gol. Por obra do destino a bola veio, literalmente, parar na minha mão e, num momento de rara habilidade, fui mais rápida que a defensora e surpreendi a goleira no angulo direito. Fim de jogo, minha equipe venceu por 2 a 1.
Foi um momento único - em todos os sentidos - me senti eufórica, em estase, um verdadeiro frenesi. Durou pouco, claro, mais expecificamente até a hora do sinal bater. Todos esqueceram, menos eu. Naquele dia percebi e, principalmente, aprendi duas coisas: a pratica de esportes não era pra mim, mas o sentimento da vitória sim.
Depois disso resolvi passar toda a responsabilidade desse sentimento único, para outros: os atletas. Jogadores, corredores, nadadores, eles precisam ganhar, suar a camisa, para me fazer feliz. Adoro torcer, palpitar, xingar, vibrar e até chorar com a derrota. O importante é torcer. Esse é o exercício que posso praticar sem medo. E o melhor é que tudo isso dura 90 minutos, ou 2 horas, e depois tem mais, sempre mais.
* Meu trabalho de conclusão de curso na faculdade foi sobre Nirvana no Esporte. Acho que agora entendo o porquê. Agradeço aos meus anos de vida que me fizeram perceber isso.
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